Nos últimos meses de 2020 o mercado brasileiro de impressão reagiu, mas o ano começou e as vendas de impressoras caíram. No primeiro trimestre de 2021 foram comercializados 654.228 equipamentos, 0,8% a menos em relação ao mesmo período de 2020. Por categoria, foram 559.630 modelos jato de tinta, crescimento de 3,3%; 93.187 a laser, queda de 20%, e 1.411 matriciais, alta de 39,8%. Deste volume, 444.797 foram para o varejo e 209.431 para o mercado corporativo. Os dados são do IDC Brazil Quarterly Hardcopy Tracker Q1/2021, estudo realizado pela IDC Brasil, que atua no segmento de inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
“O mercado de impressoras tem sofrido muito, especialmente o de modelos a laser, que é mais orientado ao mercado corporativo. Segundo os distribuidores, algumas empresas começaram a retomar seus negócios, ainda que em um ritmo mais lento, e outras voltaram a ter atividades presenciais, mas foram novamente impactadas no início de março quando a pandemia alcançou recordes no Brasil e o comércio voltou a ter regras mais rígidas de funcionamento”, explica o analista de Consumer & Commercial Devices da IDC Brasil, Rodrigo Pereira. Além disso, completa Pereira, “há outros fatores que tornam a recuperação mais lenta, como a escassez de insumos, o dólar alto e a própria falta de produtos no Brasil”.
Já o segmento de inkjet, segue com aparelhos tanque de tinta ganhando a preferência do consumidor – dos 559.630 vendidos, 311.767 foram dessa categoria -, porém, o dólar e os preços mais altos abriram espaço para que os equipamentos com cartucho de tinta voltassem a ter presença no mercado, com um crescimento de 4,2% contra 2,5% dos equipamentos de tanque de tinta. “Em um cenário com demanda e preços altos, o segmento de máquinas com cartucho encontrou uma oportunidade, ganhou um pouco mais de espaço e contribuiu para o crescimento de 3,3% do mercado à tinta total”, explica o analista da IDC Brasil. Segundo ele, seja pelo preço competitivo ou pela durabilidade dos suprimentos, as impressoras à tinta têm conquistado pequenas e médias empresas, refletindo a transformação e a mudança de paradigma que vêm acontecendo também em outros mercados.
Em termos de receita, o estudo da IDC Brasil mostra que o mercado brasileiro de impressão fechou o 1º trimestre com R$ 878,2 milhões, 22,3% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado, sendo R$ 617,2 milhões gerados pelas vendas de máquinas inkjet; R$ 258,8 milhões de vendas de impressoras a laser; e R$ 3,2 milhões de matriciais. Da receita total, o mercado corporativo respondeu por R$ 489 milhões e o varejo por R$ 389 milhões.