As inovações tecnológicas têm proporcionado uma verdadeira revolução, que garantiram uma melhor eficiência, otimização e até mesmo acelerou ainda mais a transformação digital nas organizações. Para dar continuidade a esse processo, ou até mesmo incentivar o desenvolvimento de novidades como soluções, as corporações precisam estar atentas às principais tendências no segmento daqui para frente.
“As invenções e inovações sempre trazem desconforto, pois desafiam o status quo (situação do momento) e propõem novas formas ou modelos de negócio. Apesar disso, as corporações precisam estar ligadas a toda essa movimentação para não perderem competitividade”, destaca o especialista em inovação tecnológica e CEO da BTTECH, lawtech com soluções para o setor Jurídico, Ruy Rede.
O especialista destaca tendências tecnológicas que as organizações devem ficar atentas em 2023:
Uso do metaverso
Um assunto que jamais deve ser esquecido como tendência tecnológica é o metaverso. Um estudo do Gartner prevê que mais de 40% das grandes instituições em todo o mundo usarão uma combinação de Web3, nuvem, realidade aumentada e gêmeos digitais em projetos baseados em metaversos para aumento de receita.
“O assunto já está em pauta nos ecossistemas de inovação e também nas organizações e é uma das principais tendências. Esse tema terá um papel relevante na integração das pessoas e irá propiciar situações favoráveis ao desenvolvimento tecnológico”, ressalta Rede.
Maior aplicação do 5G
Na avaliação do especialista, a tecnologia 5G já é uma realidade depois de chegar ao país definitivamente. Muito além dos smartphones, a quinta geração da internet oferece ultravelocidade na transmissão de dados, novas aplicações e uma nova transformação na tecnologia.
Segundo Rede, a aplicação do 5G vai aumentar exponencialmente em 2023, diante da sua consolidação após a chegada de fato ao país. “As empresas precisam estar de olho nessa tendência porque irá impactar no dia a dia das companhias.”
ESG e Net Zero
Os conceitos de ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança) e Net Zero (tradução para zero emissões de carbono) estarão definitivamente na pauta das empresas. “Não é simplesmente por tendência, mas porque trará benefícios reais para os investidores. A consciência ambiental passa a ser um bom negócio”, avalia o especialista.
Com isso, as organizações deverão investir mais em soluções inovadoras projetadas para atender à demanda ESG e redução de emissão para cumprir as metas. Dessa forma, as instituições precisam de novos processos que aumente a eficiência energética e dos materiais de serviços de tecnologia.
Uso de SuperApps
Outra grande tendência para o próximo ano será o uso mais frequente dos SuperApps, que combinam recursos de um aplicativo, uma plataforma e um ecossistema em um único software. Ele fornece um ambiente ideal para terceiros desenvolverem e publicarem seus próprios miniaplicativos, além do seu próprio conjunto de funcionalidades. “Esses ambientes serão os locais onde conseguiremos integrar praticamente toda a nossa vida digital”, avalia o CEO da BTTECH. O levantamento do Gartner destaca que mais de 50% da população global serão usuários ativos diários de vários SuperApps até 2027.
Tokens vão ganhar mais espaço
Outra tendência é o fato de os tokens substituírem o controle de ativos. Também conhecido como tokenização, esse processo “transforma” os dados reais em outros equivalentes de forma digital e segura, sempre protegidos por uma chave de criptografia. Isso pode ser feito com bens, ativos e até moedas correntes, sem que sejam alterados virtualmente. “Os tokens vão acelerar ainda mais as transações financeiras e de transferência de bens”, antecipa o especialista. O processo de tokenização também vai permitir a redução dos custos voltados para a emissão de títulos e a captação de recursos.
Criptografia como ferramenta de cibersegurança
Apesar de seu papel relevante no novo modelo financeiro, a criptografia também ganha espaço como uma ferramenta a ser usada nas práticas de cibersegurança. “Ela será cada vez mais aperfeiçoada para esse tipo de aplicação”, ressalta Rede.
O objetivo dessa aplicação é transformar dados e mensagens a ponto de serem difíceis de decifrar em um possível ataque de hackers. Por meio dela, algoritmos são usados para geração de chaves criptográficas, assinaturas digitais e de verificações para proteger a privacidade dos dados e até transações financeiras das empresas.
Soluções de privacidade
Outro assunto cada vez mais em pauta é o desenvolvimento de soluções para administração de privacidade. De acordo com o especialista, a franca evolução das bases de dados das empresas e do governo nos últimos anos tem proporcionado uma expansão de iniciativas do gênero. O tema ganhou mais corpo inclusive diante da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), já que as corporações precisam se adequar à nova legislação e garantir a segurança de suas informações.
IA mais adaptável
A Inteligência Artificial (IA) se tornará cada vez mais adaptável. Por esse motivo, poderá se tornar uma aliada com maior importância das empresas, principalmente na tomada de decisões e nos processos produtivos. “As máquinas aprenderão além do conhecimento inserido como base e poderão trazer novas perspectivas e soluções para o ser humano. Isso contribui muito em escolhas e em definições”, ressalta Rede.
Avanço na Saúde
Para Ruy Rede, a Saúde é uma área que as empresas precisam ficar de olho em 2023. O motivo, segundo ele, é porque o setor terá uma evolução bem significativa em termos tecnológicos. Entre os temas que vão entrar como tendências tecnológicas dentro do segmento, estão a telemedicina e o desenvolvimento de medicamentos por meio de testes virtuais. “Na verdade, isso não acontecerá pelo bem da humanidade, mas devido ao custo das doenças para o Poder Público”, avalia o CEO da BTTECH.
Mais cidades inteligentes
O especialista também aponta que o conceito de cidades inteligentes deverá se expandir em mais municípios do país, com objetivo de ficarem bastante eficientes. Para isso, utilizam a tecnologia de forma estratégica para melhorar a infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana, criar soluções sustentáveis e outras melhorias conforme a demanda dos moradores.
“É necessário ficar atento e pronto para se adaptar a essas inovações. Essa lista é bem longa, mas pode crescer a cada dia com o avanço da tecnologia”, completa Rede.
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