Proteger dados contidos no celular é sinônimo de cuidado. Informações bancárias, registros pessoais, conversas privadas em aplicativos de mensagens e fotos podem tornar-se armas valiosas nas mãos de invasores. Os dados podem ser usados para atividades como direcionamento de publicidade indesejada até golpes financeiros. Para proteger o dispositivo móvel, o coordenador do curso de Sistemas da Informação da Faculdade Anhanguera, Eder Amador, explica quatro pontos de atenção:
Monitoramento de smartphone
Se o smartphone estiver consumindo dados móveis em excesso, recebendo mensagens de remetentes desconhecidos e mensagens suspeitas, ou caso a bateria tenha diminuído seu tempo de uso, as ligações apresentarem ruídos e pop-ups publicitários pularem na tela, desconfie, pois o aparelho pode estar sendo vigiado. Estes comportamentos digitais acontecem quando aplicativos indesejados são instalados sem que o usuário saiba e agem de maneira camuflada no sistema. Para evitar problemas, é preciso apostar em senhas fortes e seguras, não deixar o celular desbloqueado nas mãos de terceiros, atualizar o antivírus e bloquear a instalação de aplicativos sem autorização prévia.
Anúncios
Ao navegar pelas funcionalidades do sistema e deparar-se com um anúncio atrativo que peça algum tipo de código, o usuário não deve fornecer esta informação. O aparelho pode ser usado para golpe via WhatsApp. É necessário seguir com a operação apenas em sites e aplicativos seguros. O golpe no WhatsApp é realizado por criminosos que entram em contato com a lista de nomes salvos no aparelho para extorquir e espalhar informações falsas em nome do dono do aparelho. Para evitar o transtorno, é recomendável ativar a verificação em duas etapas no aplicativo de mensagens seguindo os passos ‘Configurações – Conta – Verificação em duas etapas – Ativar’. Também é indicado o encerramento de sessões ativas no WhatsApp Web.
Permissões para aplicativos
Cuidado ao conceder permissões a aplicativos instalados recentemente no celular. Sempre verifique quais informações o aplicativo solicita. O usuário deve estar atento caso o programa peça para acessar algum dado que não precisa para exercer suas funções. Por exemplo, um aplicativo de fotos pedir para acessar o microfone ou localização é bastante suspeito.
Aplicativos bancários
Para maior segurança, os aplicativos de bancos pedem além do cadastro de senha única, um token enviado por SMS ou e-mail para o dono da conta. O usuário deve seguir os passos indicados pelos apps e certificar-se de que está usando a versão atualizada e própria do banco. Quando o assunto é golpe financeiro, ainda cabe o alerta para ligações e mensagens desconhecidas, como também links suspeitos e sugestão de download de novos aplicativos, além do próprio banco.
“Se mesmo com todos os cuidados, o usuário tiver o smartphone clonado, é indicado informar a operadora, buscar orientação sobre suspensão da linha, informar o banco, além de buscar as medidas cabíveis de registro de roubo”, finaliza Amador.