A smartclip, companhia global especializada na distribuição de publicidade em vídeo multitelas, realizou em parceria com a Nielsen, empresa global de dados e análises da indústria de mídia, uma pesquisa com o objetivo de compreender o comportamento do consumidor na TV Conectada. O estudo revela que 89% dos participantes possuem uma smart TV em casa, um número significativo em relação à 2015, quando a penetração era de 32%.
O crescimento expressivo do uso dos aparelhos de televisão inteligentes veio acompanhado de grande capilaridade nas classes CDE, mostrando que o acesso não está apenas restrito à população com maior nível de renda. Apesar de a plataforma estar presente em praticamente todos da classe A (99%) e B (95%), ela também tem presença em 77% de CDE, com destaque para a C, com 83% de utilização, mostrando que a TV Conectada é um formato consolidado para a audiência do país.
“Cada vez mais o produto se populariza, acompanhando a digitalização acelerada do brasileiro”, afirma a líder de measurement da Nielsen Brasil, Sabrina Balhes. “Um dado interessante é que, para driblar esse entrave, 23% dos respondentes disseram utilizar dispositivos que transformam as TVs normais em conectadas”, acrescenta.
O preço, porém, ainda é a principal barreira de utilização para 57% dos respondentes, seguido por não costuma assistir TV com frequëncia (27%), não pretender trocar de TV (19%), não possuir internet banda larga (13%) e ter TV à cabo (9%).
O esforço para estar mais conectado deve-se à variedade de conteúdos de vídeo sob demanda disponíveis e poder assistir a o que quer na hora que quer. Não por acaso, o isolamento social, provocado pela pandemia de Covid-19, potencializou o consumo de conteúdo dos aplicativos embarcados nos devices, sejam eles gratuitos ou pagos: 80% dos respondentes declararam que utilizam a smart TV diariamente.
Com isso, todos os segmentos de programação registraram crescimento em relação ao estudo feito em 2015: séries e filmes, passou de 69% a 93%; noticiário, de 17% para 67%; esportes, de 10% para 53%; e música e shows, de 4% para 50%. Games, que não haviam aparecido há seis anos, hoje é consumido por 26%.
Outro comportamento revelado é sobre a forma como os usuários consomem o device: duas em cada três pessoas assistem com pelo menos mais uma pessoa junto. Quem não assiste sozinho, costuma estar acompanhado de familiares e amigos. Sendo assim, a média é de duas pessoas em frente a tela.
De acordo com os dados, a smart TV é o segundo dispositivo no qual as pessoas mais prestam atenção nos anúncios. Para a managing director da smartclip Brasil, Lilian Prado, “as telas grandes retém muito mais a atenção dos consumidores. Geralmente, no momento em que estão zapeando pelos aplicativos para escolher o conteúdo que será consumido, eles estão com o foco direcionado. Não à toa que mais de 80% dos respondentes afirmaram procurar mais informações de pelo menos um anúncio que visualizaram. Motivos que fazem do device uma excelente estratégia para a veiculação de campanhas publicitárias”, afirma.
O uso de QR Codes também foi um destaque do estudo. 58% das pessoas escaneiam os códigos que aparecem na TV e 81% já realizaram, ao menos uma vez, compras peolo QR Code.
O estudo, realizado em março de 2021, ouviu 500 respondentes em todas as regiões do país.