A Kaspersky lançou recentemente a campanha “Dor de Cabeça”, na qual estuda o comportamento dos usuários durante a atualização de seus dispositivos. Segundo pesquisa realizada pela empresa de cibersegurança em abril, a instalação de novos recursos é uma tarefa considerada rotineira e tediosa para 42% dos brasileiros, que muitas vezes adiam as atualizações. O estudo global indica também que sete em cada dez usuários não consideram sequer assumir riscos ao optarem por realizar atualizações em uma data posterior.
As atualizações são necessárias não só para acessar novas funcionalidades ou interfaces, mas também para ajudar a manter um alto nível de segurança dos dispositivos. Provedores testam os programas regularmente com o objetivo de encontrar possíveis vulnerabilidades que possam ser exploradas. A instalação de atualizações também é uma defesa eficaz contra ataques on-line.
Segundo o estudo da Kaspersky, os brasileiros são os que menos atualizam seus dispositivos em relação aos vizinhos da América Latina. O país campeão neste quesito é o Chile com 54%, seguido de Argentina (52%), Colômbia (52%), Peru (48%) e México (43%). Além disso, a pesquisa também revelou que no Brasil, estar ocupado no trabalho (33%), não querer parar de usar seu dispositivo naquele momento (23%) e não querer fechar o programa/aplicativo que está utilizado (20%) estão entre as razões mais citadas para o adiamento. Em geral, 71% dos brasileiros sequer enxergam riscos em postergar as atualizações.
“Os alertas para atualizar nossos dispositivos podem não vir em horários convenientes, mas é importante executar esta tarefa o mais rápido possível”, afirma o diretor da equipe de pesquisa e análise da Kaspersky na América Latina, Dmitry Bestuzhev. “Os exploits usam as vulnerabilidades em sistemas operacionais e programas para obter acesso ilegal e privilégios para causar prejuízo às pessoas. Se não forem corrigidas, elas podem permitir a instalação de vários tipos de malware com potencial de roubar dinheiro ou espionar a vítima”, completa.
De acordo com o especialista, as vulnerabilidades são frequentemente descobertas. “Portanto, se o dispositivo não for atualizado por muito tempo, ele estará cada vez mais exposto a invasões. Os desenvolvedores corrigem estas vulnerabilidades com atualizações, mas se elas não forem instaladas pelas pessoas, o sistema permanecerá vulnerável”, alerta Bestuzhev.