O TecnoInforme foi convidado para assistir em primeira mão o documentário “O Fenômeno eSports”. O longa-metragem é dirigido por Fabrício Bittar (mesmo diretor de “Amor Sertanejo” e “Inexplicável”) e mostra a trajetória e o crescimento dos esportes eletrônicos no Brasil. Produzido pela Clube Filmes e distribuído pela Manequim Filmes, o documentário percorre eventos como a Brasil Game Show, o IEM Major Rio 2022 e a premiação internacional Esports Awards.
O filme conta com depoimentos de personalidades do setor como Alexandre “Gaules”, Gabriel “Fallen”, Nyvi Estephan, Bruno “PH” e muitos outros.
Trata-se de uma ótima oportunidade para tirar o estigma do “mas como pode ganhar dinheiro jogando videogame” que ainda existe e é muito enraizado, principalmente, no público mais velho. Sim, hoje esse setor já movimenta uma boa parte da economia global e no Brasil não é diferente. O mercado mundial de games é enorme e continua crescendo rapidamente. Em 2021, a indústria de jogos eletrônicos movimentou cerca de US$ 175,8 bilhões em todo o mundo. Em 2022, esse valor aumentou para aproximadamente US$ 197 bilhões e no ano passado fechou em US$ 247,43 bilhões. Para 2024, os números continuam otimistas, com uma previsão de fechar o ano em US$ 268,8 bilhões. Esses são os dados da Newzoo, empresa de pesquisa de mercado que fornece relatórios detalhados sobre a indústria de jogos, somados aos de outras consultoras como PwC e Accenture. Com certeza são números que não podem ser deixados de lado.
O documentário mostra para a nova geração o tempo em que jogar games no Brasil era só mato, nas conhecidas lan houses, quando grande parte das pessoas ainda não tinham internet ou computadores em casa. Ele passa pela ascensão de jogos e profissionais, que são verdadeiros ídolos; e a chegada das marcas no setor, que o levou à profissionalização, com grandes campeonatos e a criação de equipes. Porém, nem tudo são flores, “O Fenômeno eSports” também toca em feridas como a falta de recursos, que deixa boa parte da população de fora desse mundo, agora também no segmento mobile; e a discriminação que ainda existe com mulheres, pessoas pretas e pessoas LGBTQIA+.
Além disso, o longa mostra a pressão por qual os jogadores passam; como é a preparação dentro das grandes equipes, física e mental, com horas de treinamentos, elaboração de conteúdo, por exemplo; e como lidar com a cobrança feita pela torcida, que enche as arenas, e também as redes sociais, nos grandes eventos.
“O Fenômeno eSports” terá exibição exclusiva nos cinemas e entra em cartaz em breve.
Imagem: Divulgação.