Os especialistas da Kaspersky apresentam uma previsão de como será o panorama das ameaças on-lines para os consumidores em 2023. Entre as principais ameaças estão roubo de moedas virtuais em jogos, fraude em inscrições on-line de streaming e exploração no metaverso. Confira:
O universo gamer está entre as áreas preferidas de atuação dos cibercriminosos e é muito provável que vejamos novas tendências relacionadas a videogames e jogos de maneira geral sendo exploradas:
As moedas virtuais nos jogos serão grandes procuras entre os cibercriminosos. Créditos e dinheiro são um dos alvos principais dos golpistas que roubam as contas dos jogadores. Por exemplo, em junho, cibercriminosos roubaram dois milhões de dólares de itens de uma conta invadida. Para obterem valores dentro do jogo, os criminosos podem também enganar suas vítimas em negócios fraudulentos, com compras que possuem um script malicioso e, na transição, retiram mais moedas do que o prometido. No próximo ano, esperamos novos esquemas relacionados com a revenda ou roubo de moedas virtuais.
Os consumidores irão enfrentar um aumento de fraudes nas assinaturas de jogos. Seguindo o exemplo da Microsoft, a PS Plus da Sony está introduzindo serviços de assinatura de jogos para consoles. Especialistas esperam que golpistas criem mais fraudes de assinatura em 2023 visto que, quanto maior for a base de inscrições de usuário nestes serviços, mais esquemas fraudulentos de venda de senhas e tentativas de roubo de contas terão espaço.
Falta de consoles nas lojas serão explorados. A escassez de consoles, que diminuiu ligeiramente em 2022, poderá recomeçar já nos primeiros meses de 2023. Falsas ofertas de pré-venda, generosos “brindes” e “descontos”, assim como imitações de lojas on-line que vendem consoles difíceis de encontrar, criadas por cibercriminosos.
Outras previsões para 2023 incluem:
A falta de uma legislação unificada do metaverso encorajará as violações de dados e o abuso virtual. Como a experiência do metaverso é universal e não obedece às leis regionais de proteção de dados, como a GDPR (Europa) e a LGPD (Brasil), isso pode criar conflitos complexos. Já assistimos a casos de abuso virtual e agressão sexual e, como não existe regulamentação específica e regras de moderação, é provável que esta tendência assustadora se mantenha em 2023.
Os dados dos apps de saúde mental serão utilizados em ataques de engenharia social altamente direcionados. É provável que vejamos histórias de ataques direcionados envolvendo dados sobre a saúde mental da vítima, compartilhados pela própria pessoa em aplicativos falsos disseminados por cibercriminosos com a intenção de recolher informações para possíveis golpes.
O streaming continuará a ser o foco dos cibercriminosos. Considerando as novas estreias de filmes em 2023, a Kaspersky espera ver mais Trojans disfarçados de serviços de streaming com esquemas fraudulentos destinados aos consumidores por meio desses serviços. A divulgação de um novo filme disponível em cartaz por meio do download de determinado app, por exemplo, é uma forma de colocar seu aparelho em risco.
As plataformas de educação on-line irão atrair mais cibercrimes. Essa tendência não é nova, mas com o crescimento da digitalização, a relevância das ameaças associadas também deve crescer – os downloads de trojan imitando plataformas educativas on-line e páginas de phishing associadas a serviços de videoconferência devem aumentar em 2023.
“Seguir as tendências da cultura pop e dos meios de comunicação social é um recurso válido para os consumidores que não querem se sentir excluídos. Observamos de perto como cibercriminosos criam tendências e novos recursos que podem pegar vítimas desprevenidas, com um novo app malicioso ou até um download que pode trazer um malware inesperado. De olho nas novidades do mercado, eles controlam seus interesses seja em jogos, ou no streaming, para se beneficiarem disso, criando esquemas fraudulentos que são relevantes hoje em dia. Compartilhamos essas previsões para ajudar os consumidores a estarem mais bem preparados para o que o futuro on-line lhes reserva”, comenta o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, Fabio Assolini.
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