Um estudo da Think Tank Pew Research Center mostra que , em 2021, o mercado de aplicativos para celulares movimentou mais de US$ 6 trilhões em todo mundo, o que mostra o interesse dos consumidores nesse tipo de soluções. Ainda segundo a consultoria, o Brasil é o segundo colocado no ranking de países que mais crescem, em termos de aquisição e consumo de aplicativos, perdendo apenas para a Indonésia.
Do mesmo modo, uma pesquisa de mercado desenvolvida pela RankMyApp destacou que as buscas orgânicas na Play Store são a principal fonte de busca dos usuários, representando 61% dos downloads. O setor de varejo é o mais procurado com acessos predominantes nos seguintes segmentos: cupons e descontos, viagens, saúde, beleza e lojas especializadas.
Para o coordenador dos cursos de Informática do Senac EAD, Daltron Simões Vanderlei, o aprimoramento na tecnologia dos novos dispositivos móveis é um dos fatores determinantes para o crescimento no consumo dos aplicativos. “A evolução dos smartphones é um fator importante na utilização cada vez mais ostensiva desses aparelhos e dos aplicativos móveis. Isso porque esses dispositivos possuem capacidade de processamento semelhante a bons computadores, o que possibilita a execução de ferramentas cada vez mais complexas, como mapas em tempo real e jogos 3D. A praticidade também é um fator natural que explica a alta demanda do mercado”, esclarece.
Com esse cenário, cresce cada vez mais a necessidade de profissionais capazes de desenvolver novos ou aprimorar os aplicativos existentes. Inicialmente é preciso esclarecer que a profissão responsável pela criação de aplicativos é o desenvolvedor de programas. Esse profissional desenvolve a aprimora os softwares, além de participar de outras etapas como: estruturação, linguagem de programação e na avaliação da experiência que o usuário terá ao acessar a ferramenta.
Daltron esclarece que o especialista deve ter domínio da lógica de programação, sendo necessários então, conhecimentos e experiência nessa linguagem e ferramentas de softwares com aplicações específicas em mobile. “Em se tratando de desenvolvimento para smartphones, é fundamental a compreensão da plataformaReact Native, por exemplo. Além disso, precisa ter entendimento aprofundado dos sistemas Android e IOS”, pontua.
O coordenador reforça que qualquer profissão na área de Tecnologia da Informação (TI) exige domínio da língua inglesa, já que será necessário para comunicação, leitura de documentações e ainda, participação em reuniões de projetos com equipes internacionais.
A atuação do desenvolvedor de aplicativos apresenta várias oportunidades, entre elas, o serviço autônomo, no qual o profissional tem a condição de montar um negócio e escolher os projetos com os quais tenha mais afinidade, além de criar uma jornada de trabalho mais flexível.
Além disso, Daltron argumenta que o mercado de startups oferece chances valiosas para que o desenvolvedor aperfeiçoe os conhecimentos e incremente o currículo profissional. “É válido destacar a atuação das instituições de ensino e incubadoras, pelo apoio concedido às microempresas nacionais. Criar uma startup exige muito estudo, contatos e dedicação ao projeto. Por esse motivo, trabalhar como colaborador em um negócio com esse formato pode ser um bom início de carreira, além de colocar o indivíduo em contato com programas e tecnologias inovadoras”.
Para se manter atualizado e de olho nas tendências, o coordenador comenta a importância de o profissional acompanhar as lojas de aplicativos como o Google Play ou Apple Store, que divulgam com frequência, o ranking das novidades no setor e os apps mais buscados. “É uma ótima oportunidade para se manter informado e acompanhar as principais tendências”, conclui.
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