A Fujitsu produziu um relatório com observações específicas e tendências para o segmento de Segurança Cibernética, isso porque com a adoção em massa do home office, muitas organizações precisaram acelerar suas estratégias digitais e com as pessoas sendo forçadas a mudarem seus hábitos, aumentaram as ameaças de e-mails de phishing direcionados e bem elaborados. Além disso, as empresas precisarão definir prioridades de gastos, com decisões difíceis sobre quais investimentos serão reduzidos. Isto significa que a postura com relação à segurança não conseguirá acompanhar a mesma velocidade do crescimento das ameaças.
“A pandemia global exigiu mudanças, novas demandas e orçamentos ainda mais apertados. Os usuários consideram a segurança complicada, trabalhosa e demorada. Esta frustração resulta em usuários abandonando um serviço ou contornando os controles de segurança. Os vencedores nesse “novo normal” serão aqueles capazes de se adaptar a esses novos requisitos e entregar uma experiência de usuário forte, de forma segura e confiável”, analisa o diretor de arquitetura de soluções da Fujitsu, Nilton Cruz.
À medida que a tecnologia 5G amadurece, preocupações com a segurança também aumentam. Isso resultará em um alto fluxo de dispositivos de IoT não-seguros, bem como de requisitos de segurança de infraestruturas críticas. As empresas deverão revisitar suas estratégias de segurança para o uso de redes móveis públicas e não confiáveis, sem ignorar as oportunidades que o 5G oferece.
Além disso, os ataques de ransomware devem crescer em escala e sofisticação ao longo do ano. De acordo com dados da Check Point, no terceiro trimestre de 2020 eles aumentaram 50%. A natureza dos danos de um ataque de ransomware também está mudando e espera-se um uso maior da tecnologia de Inteligência Artificial. Na visão de Cruz, ela será parte do problema, mas ela também será parte da solução, pois continuará a desenvolver recursos para detectar e sinalizar comportamentos suspeitos.
“Os cibercriminosos aproveitam temas atuais e estão lançando ataques de engenharia social projetados para tirar vantagem – e até mesmo criar – pânico e medo. Prevemos muita desinformação e esperamos ataques multivetoriais, sendo que alguns países já estão testando o uso de Machine Learning para se defender contra campanhas de desinformação. A facilidade e velocidade que o 5G proporcionará dará ainda mais trabalho para os CISOs blindarem suas infraestruturas”, avalia o executivo.
O mundo se conectou mais do que nunca. A IoT impulsionou a inovação e explodiu sem uma estrutura de segurança robusta. A proliferação de ataques DDoS comprometeu a privacidade, e o 5G irá acelerar o rastreamento de devices para capitalizar o comportamento das pessoas. O executivo diz acreditar que as organizações precisam ter como pilar de sua estratégia de segurança a proteção em nuvem em várias camadas à medida que equilibram digitalização e segurança.
“A exposição dos dados das pessoas é muito grande e por isso, precisamos de medidas para confiar que estas informações não serão usadas de forma incorreta. Além disso, esperamos que mais companhias reconheçam o valor da computação em nuvem como um meio confiável de fornecer segurança operacional para locais onde não é prático ou viável uma implantação física”, salienta Cruz.