Eu, aqui no TecnoInforme, recebi o Motorola Edge 60 Fusion para testar. E olha, mesmo que ele não seja mais um recém-lançado — a chegada oficial ao mercado foi em abril de 2025 —, percebi logo que ele entrega um conjunto excelente. A Motorola tem conseguido manter a linha Edge super relevante e, o mais importante, o preço atual dele faz toda a diferença na hora da compra.

O design é, sem dúvida alguma, um ponto forte. O aparelho é incrivelmente fino e leve, com 8,0 mm de espessura e cerca de 178g. Essa leveza combina muito bem com a pegada ergonômica, facilitada pelo acabamento em Vegan Leather ou couro sintético. É um material que confere um toque sofisticado, além de ser mais resistente a arranhões e manter o telefone firme na mão. Para completar, a Motorola mais uma vez acertou nas cores, trazendo opções em parceria com a Pantone, como o Cinza (PANTONE SLIPSTREAM) e o Rosa (PANTONE ZEPHYR). Por sinal, foi o Rosa que chegou por aqui, garantindo um visual sempre diferenciado.
Potência e imersão
Por dentro, o Edge 60 Fusion mostra que não está para brincadeira. Ele vem equipado com o processador MediaTek Dimensity 7300, um Octa-Core eficiente que, junto com a memória RAM de 8 GB (expansível com o recurso RAM Boost, chegando a até 24 GB), oferece um desempenho muito fluido. Usei vários aplicativos e também alguns jogos, e a resposta foi sempre rápida e sem engasgos. O armazenamento interno é de 256 GB, e o bom é que você pode expandir com cartão microSD de até 1 TB, algo que nem todos os aparelhos dessa linha oferecem.

A tela também merece destaque. É uma p-OLED de 6,7 polegadas com resolução Super HD (1220 x 2712 pixels) e taxa de atualização de 120 Hz. A experiência visual é ótima, com cores vibrantes graças à calibração Pantone Validated e um brilho de pico de 4500 nits, o que facilita muito o uso em ambientes ensolarados. A tela ainda conta com vidro Gorilla Glass 7i e um design Quad-Curve, que reforça a sensação premium que comentei antes.
Câmeras, bateria e os detalhes que faltaram

No quesito fotografia, o conjunto de câmeras me atendeu super bem. A câmera principal traseira usa o sensor Sony LYTIA 700C de 50 MP, com estabilização óptica de imagem (OIS), o que faz uma diferença enorme em fotos noturnas ou com pouca luz. A câmera ultrawide/macro de 13 MP é versátil, e a frontal, para selfies, é de 32 MP. Os recursos da moto ai, são um ótimoo bônus.
Entretanto, nem tudo é perfeito. É preciso ser sincero sobre alguns pontos. O desempenho do Dimensity 7300, por exemplo, pode não ser o ideal para os jogadores mais exigentes, ficando um pouco atrás de alguns concorrentes em games pesados. Além disso, a Motorola limitou a gravação de vídeo em 4K a 30 fps, ou seja, se você quiser mais fluidez (60 fps), precisa baixar a resolução para Full HD. Para fechar a lista de ausências, o aparelho não traz carregamento sem fio, algo que, atualmente, faz falta.
Apesar dessas ressalvas, a ultrarresistência é um diferencial e tanto. O Edge 60 Fusion possui as certificações IP68 e IP69 contra poeira e água, além da certificação militar MIL-STD 810H. Ele foi parar na beira da piscina e se saiu super bem mesmo com alguns respingos. Para fechar, a bateria de 5200 mAh oferece uma boa autonomia. E o carregamento TurboPower de 68 W é super prático e rápido, recuperando tranquilamente o uso do aparelho.

Conclusão: custo-benefício
Tudo isso nos leva ao ponto principal: o preço. No lançamento, o Edge 60 Fusion chegou ao Brasil com preço sugerido de R$ 2.999,00 para a versão de 256 GB. Hoje, alguns meses depois, a situação mudou bastante. No site da Motorola, por exemplo, o preço sugerido já é de R$ 2.159,10 à vista. Porém, é possível encontrar o aparelho em ofertas por valores bem mais atrativos, chegando a ficar próximo de R$ 1.978,00 em algumas lojas, também no pagamento à vista.
Essa queda de preço, aliada às especificações de ponta que ele ainda oferece, consolida o Edge 60 Fusion como um excelente custo-benefício no segmento intermediário premium. De fato, valeu a pena a espera para ter um review no momento certo, pois com o preço mais baixo, os poucos pontos fracos ficam muito mais fáceis de aceitar.
Fotos: divulgação/TecnoInforme