O Synkar SD02, robô autônomo que atende a diversas finalidades, entre elas a de delivery – criado pela Synkar, startup brasileira de inteligência artificial e machine learning – poderá ser usado para mais uma aplicação: segurança patrimonial e prevenção de crimes. A nova funcionalidade foi viabilizada pela parceria da Synkar com a NoLeak Defence, startup de inteligência artificial focada em análise comportamental, que desenvolveu a NoLeak Agatha, uma plataforma de inteligência artificial que detecta ameaças de crimes contra o patrimônio ao analisar imagens de câmeras de segurança em tempo real emitindo alertas a tempo das equipes de segurança atuarem para evitar crimes. A ativação do sistema de vigilância é simples e realizada dentro da própria plataforma de gerenciamento dos robôs.
Juntas, as startups desenvolveram uma solução embarcada de IA para monitoramento de segurança utilizando os veículos desenvolvidos pela Synkar. Esse sistema permite o uso combinado dos robôs de entregas com o sistema de segurança do local onde estiverem em operação, como condomínios residenciais e industriais. Ou, os mesmos veículos atualmente destinados a fazer entregas, também podem ser usados para reforçar a vigilância, quando ativado o monitoramento de segurança,
“A nova funcionalidade representa um grande passo para a nossa tecnologia, totalmente criada no Brasil e que vem sendo adotada por vários países como Canadá, Portugal, Holanda e Malásia. Desde sua concepção, nosso objetivo é que o SD02 se torne uma plataforma de aplicações com infinitas possibilidades, assim como o smartphone se tornou”, afirma o CEO e cofundador da Synkar, Matheus Theodoro, lembrando que o robô é o mesmo usado para entregas pelo iFood, que batizou seu modelo de Ada.
Rafael Libardi, cofundador e CEO da NoLeak Defence, explica que a Agatha não tem similar no mundo. Combinando tecnologias de machine learning, deep learning e modelos de detecção de anomalias, a Noleak Agatha faz correlação de eventos de diversas câmeras e cria um score de risco para o ambiente que está sendo monitorado.
Diferentemente de outros sistemas de inteligência artificial, a Agatha não se baseia apenas em aprendizado prévio. Seu aprendizado é automático, assim como sua capacidade de prever incidentes. “Com essa solução, basta conectar as câmeras e a Agatha aprenderá por si mesma. É 100% autoaprendizado, portanto, não há necessidade de treinar um grande conjunto de dados. Em duas semanas, ela aprende como proteger o ambiente”, explica Libardi.
Com esses recursos, além de aumentar a agilidade e eficiência das equipes de segurança, a nova tecnologia agrega novos parâmetros e protocolos de prevenção em cada local monitorado. O fato de detectar riscos e ameaças de forma autônoma e preditiva, traz à tona informações novas para aperfeiçoar o score e os protocolos de segurança de diferentes áreas de um condomínio, por exemplo.
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