A Revo, plataforma digital de mobilidade urbana que combina transporte aéreo e terrestre, apoiada por inteligência artificial, inicia operação em São Paulo. As primeiras rotas com voos regulares, feitas por helicópteros bimotores Airbus, ligam a Avenida Brigadeiro Faria Lima, principal centro financeiro da cidade, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos; e o Complexo Cidade Jardim à Fazenda Boa Vista, empreendimento de luxo localizado em Porto Feliz, a 100 quilômetros da capital. A Revo investiu mais de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) para o seu lançamento. A maior parte dos recursos foram destinados ao desenvolvimento da sua plataforma tecnológica proprietária.
Parte do grupo português OHI, líder no mercado de transporte aéreo offshore na América Latina por meio da Omni Táxi Aéreo, a Revo propõe um serviço e um modelo de negócio inovador. Com base em dados e inteligência artificial que permitem traçar rotas de acordo com variáveis como número de voos com passageiros de categoria business/first e tráfego nas principais vias de São Paulo, a Revo oferece, via aplicativo de celular, ou diretamente com o serviço de concierge – via email ([email protected]) e ou WhatsApp (11 91639-9937) -, reserva em pouco minutos e cliques seja de apenas um assento, múltiplos assentos ou capacidade total da aeronave.
Além do transporte aéreo, o serviço inclui carros que levam o usuário até o destino final. “Somos um serviço digital exclusivo de alta qualidade, prontamente disponível para solucionar um problema de mobilidade existente e sem solução até agora”, afirma o CEO da Revo, João Welsh. “Somos pioneiros em mobilidade urbana avançada e nascemos para que nossos clientes economizem tempo precioso quando é mais necessário, com praticidade, conforto e máxima segurança”, completa o executivo.
Os helicópteros bimotores usados pela Revo fazem parte da frota da Omni. O modelo H135, por exemplo, transporta até cinco passageiros. Já o H155, até oito. Todos os voos seguem os padrões de segurança do setor e contam com dupla tripulação. O trajeto de helicóptero entre o aeroporto e a Avenida Faria Lima custa R$ 3,5 mil por assento. No caso das rotas entre São Paulo e a Fazenda Boa Vista, o valor é de R$ 5 mil. Hoje, para fazer esses mesmos percursos com helicópteros bimotores e tripulações dupla, o passageiro precisa fretar uma aeronave, com custo médio de R$ 20 mil para o aeroporto e de R$ 35 mil para a Fazenda Boa Vista, de forma muito mais analógica e sem todos os diferenciais da Revo.
A solução da Revo combina atendimento de primeira classe, lounges premium nos pontos de embarque e desembarque, além de hosts treinados para dar a assistência necessária aos passageiros.
A empresa, juntamente com a OHI, já tem acordo assinado com a Eve Air Mobility, empresa spin-off da Embraer, para aquisição de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (os eVTOLs) e a plataforma de tecnologia proprietária da empresa já está pronta para essa transição quando estes veículos estiverem disponíveis no mercado. “Os eVTOLs são o futuro da mobilidade. Eles tornarão os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis, mas quem vai operar esses veículos? Onde estão os passageiros? Há muito a ser feito ainda em termos de infraestrutura para que eles se tornem uma realidade em alguns anos. Estamos entrando primeiro, começando um processo acelerado de aprendizagem com helicópteros, para liderar essa transição. Estamos comprometidos em criar um futuro em que os voos urbanos serão mais democráticos e neutros em carbono”, afirma Welsh. A empresa possui acordo assinado também com a Airbus para colaboração e compartilhamento de informações com foco no desenvolvimento do ecossistema e mercado de mobilidade urbana aérea por meio deste tipo de aeronave.
Durante o soft launch da operação entre agosto e outubro, a Revo operará cerca de 30 voos semanais, entre segunda e sexta-feira, de e para o Aeroporto de Guarulhos. Na rota da Fazenda Boa Vista, a empresa terá 10 voos regulares semanais entre sexta e segunda-feira. Além disso, será possível aos clientes reservar voos privados realizados sob demanda entre São Paulo e regiões próximas, como campo, praia e cidades vizinhas. A empresa planeja ampliar as rotas iniciais e a frequência de voos ao longo dos próximos meses. No último trimestre deste ano, a empresa deve lançar duas novas rotas regulares a partir de São Paulo.
Todos os voos Revo são operados pela Omni Táxi Aéreo. Também controlada pelo grupo OHI, a Omni opera no Brasil há cerca de 20 anos. Sua frota de 90 helicópteros, que realizam 1,5 mil voos semanais, está avaliada em US$ 1 bilhão e cerca de 500 mil passageiros são transportados pela empresa ao ano.
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