O Umatch, aplicativo criado exclusivamente para universitários, foi criado por Bruno Adami, 24, estudante da Poli-USP, e Cayo Syllos, 25. O app permite filtrar perfis por curso, campus e faculdade e já conta com uma lista de espera de 12 mil usuários de fora do estado de São Paulo, onde está disponível.
Com planos de tornar a Umatch a maior rede de integração universitária do mundo, Bruno e Cayo não estão sozinhos. Em setembro deste ano, os sócios deram match com os fundos Harvard Angels, Poli Angels, FEA Angels e Insead Angels e receberam um investimento de R$900K dos fundos formados por ex-alunos da USP, Insead e Harvard.
Como forma de garantir que os usuários são realmente universitários, para se cadastrar na Umatch é necessário ter um convite, que pode ser cedido por um grupo universitário ou amigo que já esteja no aplicativo. Após o cadastro, o perfil passa ainda por uma verificação, que exige o envio de documentos que comprovem o vínculo com a universidade, como boletos, carteira estudantil, comprovante de matrícula ou e-mail universitário.
“Em um mundo hiperconectado, o desafio já não é somente conectar pessoas, mas sim aproximar pessoas que tenham os mesmos interesses e criar um espaço seguro e confortável para elas conversarem. Enquanto universitários, sentíamos falta de um aplicativo de relacionamento exclusivo e, conversando com outras pessoas, percebemos que essa dor não era só nossa”, afirma o cofundador e CEO da Umatch, Bruno Adami.
Prova disso é que antes mesmo de ser lançado, após Adami disponibilizar o link da lista de interesse em grupos da USP, a Umatch alcançou mais de nove mil pré-inscrições rapidamente. Hoje, já são mais de 50 mil Umatchers de mais de 390 faculdades, além da lista de espera para fora do estado de São Paulo com mais de 12 mil pessoas.
A Umatch disponibiliza aos usuários o “Filtro Universitário”, funcionalidade na qual eles podem encontrar pessoas por universidade, campus e curso. Para incentivar os usuários a interagirem, o aplicativo também conta com gamificação e propõe objetivos diários que vão desde “tirar pessoas do vácuo” e curtir pessoas da mesma faculdade, a iniciar uma conversa e curtir mais pessoas. Os usuários que cumprem os desafios ganham Ucoins, moedas que podem ser trocadas por benefícios como ver quem os curtiu sem antes ter que curtir a pessoa, ter prioridade na fila do crush e outros benefícios.
Caso queira ter acesso a mais funcionalidades, os estudantes podem assinar a versão premium, lançada em julho, com o valor de R$ 19,90 mensais. O plano libera reações ilimitadas, permite que o usuário veja todos que curtiram o perfil dele e dá acesso ilimitado ao voltar atrás, botão que permite cancelar ou alterar reações. Os assinantes também têm um clique por dia no botão Quero Muito, que exibe e dá prioridade ao usuário na fila do crush encontrado durante a navegação no app, e um crédito diário para o botão Te Notei, que permite filtrar qualquer usuário por faculdade, curso e campus e exibe com prioridade o perfil do pretendente para ele.
Entre as faculdades onde a Umatch está mais presente, o percentual de alunos que estão cadastrados no aplicativo chega a alcançar 25% dos matriculados. O app tem como usuários mais de 25% dos alunos do Insper, 25% dos alunos da São Leopoldo Mandic, 23% dos estudantes da ESPM e 12% dos alunos da USP.
A expectativa é alcançar, nos próximos meses, 20% do público universitário do estado de São Paulo e expandir a operação para outras regiões. No momento, a lista de pré-cadastro para outros estados tem mais de 12 mil pessoas interessadas, sendo 27% do Paraná , 31% de Minas Gerais , 10% do Rio de Janeiro e 10% do Rio Grande do Sul.
O objetivo da empresa, conta Adami, é criar o novo nível de integração universitária, ao ponto que não faça sentido a pessoa estar na faculdade e não estar na Umatch. “Nossa visão é que, em algum tempo, não estar na Umatch será como entrar na universidade e não querer conhecer novas pessoas, o universitário simplesmente perderá uma das melhores experiências dessa fase, a integração”, afirma o cofundador.