Por mais que o Brasil esteja em uma crescente no que diz respeito à Inteligência Artificial (IA), em 2020 e com o avanço da pandemia, o país se viu na necessidade de explorar ainda mais e buscar eficiência tecnológica, para não ficar atrasado no mercado.
Tanto que em maio de 2021, o Ministério da Ciência e Tecnologia, junto com múltiplos setores, lançou um documento que orienta as políticas públicas para o desenvolvimento da IA no país, com o intuito de promover investimentos sustentados em pesquisa e desenvolvimento em IA; remover barreiras à inovação; capacitar e formar profissionais para o ecossistema da IA; estimular a inovação e o desenvolvimento da IA brasileira em ambiente internacional, entre outras.
Segundo um estudo do Distrito Dataminder, com apoio da KPMG, a inteligência artificial (IA) é o foco da atuação de 702 startups brasileiras. Somente em 2020, foram captados US$365 milhões para essas empresas voltadas para o setor, por meio de rodadas de investimentos. “Foi em 2020 que começamos a trabalhar com Inteligência artificial. É muito interessante ver a disruptura que houve no ano passado e está sendo ainda maior em 2021”, diz o A.I. tech advisor da Manusis e especialista em tecnologia, Weber George Canova, que afirma que em um ano, foram investidos um milhão de reais em AI na sua empresa.
Na Manusis, a IA é usada para gerenciar ativos de uma companhia de diferentes setores, como indústria, alimentício, agronegócio, hospitalar, logística, entre outros. “É por meio dessa tecnologia que nosso sistema é avisado que uma máquina de um hospital precisa de reparo – sem antes mesmo dela parar de funcionar, por exemplo. Tudo isso gera economia e reduz riscos para a empresa”, continua Canova.
O especialista ainda cita cinco tendências em IA a ser implementada até o final de 2021.
1- Valorização do cientista de dados. “Quem acha que a tecnologia deixa o material humano obsoleto está enganado. Cada vez mais as pessoas serão importantes para fazer análise de dados que a IA nos fornece”, diz.
2- Uso inteligente do Big Data. “Além de coletar muitos dados, por meio da IA, a tendência é que possamos usá-los de forma coerente e inteligente, para promover melhorias nas companhias e no mundo”;
3- IA aliada à Internet das Coisas (IoT). “Facilitar atividades simples do dia a dia do ser humano, por meio da Internet das Coisas. Por exemplo: casas inteligentes. Geladeiras que sabem o que precisa comprar no mercado, coisas do tipo serão muito comuns”, avalia o especialista;
4- Machine learning cada vez mais em alta. “As máquinas serão inteligentes a ponto de identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana”, pondera;
5- IA de conversação. “O conceito já existe, mas será muito aprimorado. Muito usado na área da saúde e na área de marketing, cada vez mais veremos a IA conversando com pessoas de forma humanizada”, finaliza.