Um levantamento da CySource, centro de referência e pesquisa em cibersegurança, feito com base em dados da KSN (Kaspersky Security Network), mostra que os ciberataques de phishing cresceram 255% no Brasil durante a Black Friday. De acordo com o estudo, apenas na última sexta-feira de novembro, dia 26, foram registrados 27.385.500 casos, enquanto no dia 19 do mesmo mês aconteceram 10.729.500 incidentes.
Segundo o estudo, apenas na semana que antecedeu a Black Friday, foram verificados quase 157 milhões de ataques de phishing, um dos golpes virtuais mais comuns, conhecido por enganar as vítimas com sites e aplicativos falsos. As tentativas nessa modalidade podem chegar por diversos meios, como SMS, e-mail, aplicativos de mensagens e falsas atualizações. Basta que a vítima clique em um link malicioso ou digite informações em uma página falsa para que o hacker consiga controlar sua máquina e, muitas vezes, o sistema da empresa inteira.
Com o enorme crescimento do e-commerce, alavancado ainda mais com a pandemia, a tendência é que os crimes virtuais na Black Friday se ampliem também, lembrando que os hackers se aproveitam, inclusive, de promoções para enganar o consumidor. “Outro problema é que o usuário em geral ainda não tem consciência para saber quando uma mensagem é falsa ou a URL é maliciosa, fazendo com que ele caia facilmente neste tipo de golpe”, explica o pesquisador de segurança da CySource, Marlon da Silva.
É sempre bom lembrar que para evitar esse tipo de golpe, toda a vez que a pessoa receber um SMS, e-mail ou anúncio com solicitação de dados pessoais ou informações bancárias, devem ser feitas algumas verificações. “A primeira coisa que a pessoa deve fazer, quando receber o link de um site, é conferir se o endereço corresponde a URL da loja oficial e não é um endereço similar. Por isso, ao invés de comprar diretamente da promoção ou do link recebido via e-mail, vá até o site oficial da marca e procure por essa promoção recebida. Caso não exista essa promoção no site, possivelmente possa se tratar de um ataque de phishing”, alerta o pesquisador da CySource.