A head de marketing da Leapfone, startup do segmento de Phone as A Service, que permite que mais brasileiros tenham acesso a smartphones poderosos por meio de assinatura de aparelhos novos e como novos, Letícia Bufarah, dá dicas importantes para escolher corretamente seu aparelho. “Comprar um celular seminovo não é ainda uma prática comum no Brasil, porém o chamado Phone As a Service deve se popularizar nos próximos anos com a chegada de novas ofertas no mercado e com novos processos de renovação. No setor empresarial, o sistema já é mais comum, mas em um país onde as pessoas não desgrudam da telinha e existem mais smartphones do que habitantes, há muito potencial de trazer esse modelo para os consumidores”, comenta a executiva.
Entre os benefícios de adquirir um celular usado, o principal é o valor, pois você pode economizar até 60% do preço de um telefone novo. Essa solução é muito indicada para aqueles que desejam ter um aparelho top de linha a um valor acessível.
Outro ponto positivo está relacionado ao meio ambiente. Isso porque comprar um celular usado ajuda a reduzir o lixo eletrônico, que impacta de forma negativa a sustentabilidade do planeta. Milhares de pessoas trocam de smartphones todos os anos e muitas vezes jogam seus antigos aparelhos em lixos comuns, prejudicando a natureza, ou até mesmo criam um cemitério de aparelhos em suas gavetas.
A lógica do Phone As a Service é bem simples: o usuário paga por um plano mensal ou anual, que dá direito a um dispositivo de ponta. Depois de um ano ou mais, ele pode trocar novamente de aparelho ou até fazer um upgrade para uma opção melhor. Um levantamento da Juniper Research indica que o mercado global de bens físicos por assinatura deve saltar de US$ 64 bilhões em 2020 para US$ 263 bilhões em 2025 – quatro vezes mais em apenas cinco anos.
Veja a seguir dicas para fazer a escolha certa do seu aparelho:
Testes – A primeira é testar as funcionalidades do telefone: câmeras, áudio e conexões. Leve um chip compatível com o smartphone e faça uma ligação. Também observe as lentes internas e externas, bem como a capacidade do áudio e do microfone, em que é comum encontrar defeitos. Por fim, veja se há modificações no sistema operacional e, se possível, teste o sinal de wi-fi.
Procedência – Diferentemente do que acontece quando compramos um smartphone novo, o produto usado nem sempre está dentro do prazo de garantia. Assim, em caso de eventuais problemas, não será possível realizar a troca do aparelho. Por isso, é preciso que a empresa em que você deseja comprar seja confiável. Além de escolher bem o prestador do serviço, sempre solicite a nota fiscal de compra do celular. É um documento que garante que, na origem, o produto tinha procedência legal. Os acessórios também ganham valor quando são originais. Pergunte por caixa, fones, carregador, manuais, etc. O motivo para essa precaução é o enorme volume de crimes. Segundo a polícia de São Paulo, 20,6% dos produtos roubados no estado são celulares.
Avarias – Outra dica importante é ficar atento às marcas de uso do celular. Sinais de amassado ou trincado significam que o aparelho caiu, e essa questão não se limita apenas à parte estética. Com a queda, a possibilidade de dano interno é maior e o smartphone pode não resistir a um próximo descuido, ou apresentar problemas com o tempo. No caso da tela, redobre a atenção: alguns riscos podem prejudicar a sensibilidade ao toque, tornando o celular pouco responsivo aos comandos. Aparelhos com película duram mais, importante entender qual foi o cuidado do antigo dono, caso haja essa informação.
IMEI – Todo celular tem um número universal de identificação chamado IMEI. Quando um smartphone é roubado, o dono pode informá-lo à operadora e o aparelho é cancelado/bloqueado. Se ele já foi bloqueado por alguma razão, não compre de forma alguma. Ainda que o aparelho não seja roubado, o bloqueio pode resultar na interrupção do funcionamento da linha a qualquer momento.
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